Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação: Perspectivas Contemporâneas.
O Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação: Perspectivas, que será realizado de 10 a 13 de setembro de 2014, pretende colocar em debate a Educação Contemporânea, sua complexidade, posta enquanto desafios para o século XXI, e o avanço necessário para um ambiente de interação com as diversas esferas sociais que subsidiam empiricamente as construções e troca de saberes: práticas, vivências, metodologias, tecnologias. Para tanto, visa a empreender interlocução entre pesquisadores, profissionais da educação, estudantes de licenciaturas e demais interessados pela temática.
O evento contará com os seguintes GTs na área de patrimônio:
Educação e Educação Patrimonial
Marli Oliveira Costa – Unesc
Diante do processo de modernização das cidades ocorridas principalmente no século XX, percebe-se o quanto o patrimônio cultural é desvalorizado, descaracterizado e abandonado, o que tem levado a falta de referencias e de sentimentos de não pertencimento, ou seja, ao desenraizamento principalmente da população urbana. Por isso, a importância de se refletir sobre a necessidade do envolvimento da área de Educação para a valorização dos bens culturais. Esse GT busca reunir resultados de pesquisas e/ou trabalhos em andamento que atentem para a temática Educação Patrimonial. Trata-se de ações educativas que buscam a sensibilização para a preservação e proteção do patrimônio cultural envolvendo os museus, as escolas, os arquivos, a arqueologia e outros setores afins. Ou seja, a educação patrimonial é um processo educacional, formal e não formal, usa situações e ações que provocam reações, interesse, questionamentos e reflexões sobre o significado e valor dos acervos culturais e sua manutenção e preservação. Assim, os trabalhos devem tratar do patrimônio enquanto evidências materiais e manifestações das culturas, conjunto de bens elaborados e passados ao longo das gerações, envolvendo tanto o patrimônio material, quanto imaterial. Ou seja, pesquisas que alcançaram bens móveis (objetos museológicos, artísticos, arqueológicos, documentais, etc); pesquisas que envolveram bens imóveis (prédios, praças, bens naturais, etc) ou o saber fazer de determinado lugar: celebrações, expressões, saberes (romarias, festas de santos, danças, músicas, culinária, artesanatos, etc). As pesquisas podem evidenciar patrimônio tombados, no caso dos bens materiais; registrados, no caso de bens imateriais; inventariados, no caso de terem sido investigados pelos órgãos competentes ou simplesmente considerados patrimônio cultural pela população que alcança. Assim, os objetivos dessa proposta de GT é apresentar e discutir experiências educacionais, voltadas para o fortalecimento da memória, do sentimento de identidade e cidadania das comunidades envolvidas nos trabalhos que serão expostos. Além de promover e estimular a transmissão do patrimônio cultural e da memória social a gerações futuras.
Socialização do conhecimento: cidadania e patrimônio cultural
Juliano Bitencourt Campos
A socialização do conhecimento não tem por objetivo substituir o papel importantíssimo das escolas, mas fornecer subsídios para (re) pensar novas didáticas que contribuam para o reconhecimento do patrimônio cultural e histórico.Socialização do conhecimento, entendida neste contexto, como práticas pedagógicas voltadas a informar e provocar a sociedade para a importância da prática cidadã: conhecimento da legislação, lugares de identidades, visita a museus, enfim, envolvimento efetivo naquilo que nos torna sociais. Sabe-se que o conhecimento gerado em pesquisas é, por sua vez, socializado através de diversas atividades voltadas para programas de Educação. Educação que se faz de forma formal: escolas e universidades, e espaços não formais, mas que, no entanto também educam. Podemos elencar a título de exemplo, palestras, distribuição de folders, cartilhas interativas, enfim, atividades que envolvam os mais interessados a conhecer o que faz a ciência e como isso pode ser benéfico a todos. Assim, temos Educação Patrimonial, Ambiental, Transversal, Interdisciplinar, Política, Social, Humanitária, Econômica. Ao unirmos práticas pedagógicas com a socialização do conhecimento, pode-se oferecer uma gama interpretativa plausível no que se referem aos materiais, os contextos e os ambientes, podendo também atingir a esfera do pensamento e do simbolismo. Para a comunidade não acadêmica isso se reverte em um discurso de didática acessível primando pelo envolvimento e compressão dos processos científicos que nos torna cidadãos conscientes e mais Humanos. Contribuindo assim para compreender a Educação como ferramenta indispensável à formação cidadã, politizada e Humanitária. Neste simpósio, buscaremos agregar pesquisadores de diferentes áreas, temas, inquietações, países e localidades; mas que bebem da mesma expectativa e com a mesma apetência, para discutir e trocar experiências sobre suas estratégias de práticas e socialização do conhecimento na construção de uma sociedade cidadã, consciente e atuante na preservação e reconhecimento do Patrimônio Cultural que lhe e de Direito Humano.Neste simpósio, se buscará agregar pesquisadores de diferentes áreas, temas, inquietações, países e localidades; mas que bebam da mesma expectativa e com a mesma apetência, para discutir e trocar experiências sobre suas estratégias de práticas e socialização do conhecimento na construção de uma sociedade cidadã, consciente e atuante na preservação e reconhecimento do Patrimônio Cultural que lhe e de Direito Humano.
Patrimônio Educativo e Cultura Escolar
Giani Rabelo – Unesc
O GT Patrimônio Educativo e Cultura Escolar pretende ser um espaço de socialização de pesquisas em andamento ou concluídas, bem como aprofundar alguns aspectos relativos à memória da educação em suas diferentes interfaces, tendo como objeto central o diálogo entre o patrimônio educativo e a cultura escolar. Os vestígios encontrados nas escolas oferecem um terreno fértil para a compreensão da materialidade das relações que são construídas, historicamente, no cotidiano da escola e fora dela. Deste modo, a guarda e a preservação desses vestígios contribuem para a realização de pesquisas sobre a trajetória histórica dos educandários e, também, sobre as práticas e saberes desenvolvidos no seu interior. São objetivos deste grupo de trabalho: oportunizar o encontro de pesquisadores/as e acadêmicos/as da área da História, Educação e Patrimônio Educativo; fortalecer o debate a partir das investigações sobre o a preservação do patrimônio educativo; fortalecer o debate sobre a necessidade de políticas públicas que valorizem o patrimônio escolar, bem como sua difusão; refletir sobre o patrimônio e cultura escolar e sua importância para a preservação e reconstrução da História da Educação; colaborar para a valorização do patrimônio e cultura escolar; contribuir para o enfrentamento da cultura de depredação do patrimônio escolar e do descarte de documentos e artefatos escolares. Serão acolhidos trabalhos que tratem: do patrimônio educativo como produto e produtor de distintas culturas escolares; de metodologias de pesquisa; de análises críticas sobre as políticas públicas vigentes no campo da preservação do patrimônio escolar; de ações de grupos de pesquisa que visem à preservação do patrimônio material e imaterial das escolas; da história de instituições escolares; de análises de experiências e práticas desenvolvidas no âmbito da cultura material dos museus da educação e dos museus virtuais; da história das disciplinas escolares e os processos de ensino e aprendizagem; dos públicos escolares e a configuração material da sua formação entre outros.
Para saber mais sobre o evento, minicursos, oficinas, palestras, GTs, submissão de trabalhos e inscrições, consulte o site: http://www.unesc.net/portal/capa/index/433/7516/